terça-feira, 3 de julho de 2012

A Historia de Antonio dos Três Reis de Oliveira



Antonio dos Três Reis de Oliveira

Antônio Oliveira permanece na condição de “desaparecido” pelas comissões não-governamentais que investigam mortes de militantes no regime ditatorial, pois seus restos mortais encontram-se nesta situação e que diverge dos documentos oficias que declaram Antônio como morto em 17 de maio de 1970.

Biografia
Antônio Oliveira nasceu na cidade mineira de Tiros na terça-feira, dia 19 de novembro de 1946. Filho de Ageu de Oliveira e Glaucia Maria Abadia de Oliveira, Antônio, na adolescência, fez o ginasial no Colégio Nilo Cairo, pois neste período já morava na cidade de Apucarana, interior do Paraná. Em seguida entrou na Faculdade de Apucarana para realizar o curso de Ciências Econômicas.
Ativo militante estudantil e político era membro da União Paranaense dos Estudantes e quando fazia a faculdade participou do quadro de membros da ALN (Ação Libertadora Nacional).
Envolvido no 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes, marcado para a cidade de Ibiúna em outubro de 1968, foi investigado e indiciado pelo DOPS.
Segundo documentos datados de 1976 em denúncias de presos políticos, consta que Antônio Oliveira foi preso no dia 10 de maio de 1970 por agentes do OBAN (Operação Bandeirantes) e morto (metralhado) neste mesmo dia. Relatórios oficias da época indicam que o estudante foi morto em decorrência de “averiguações de aparelhos” pela polícia, no dia 17 de maio, e seu corpo foi enterrado no cemitério de Formosa no dia 21 de maio de 1970 na condição de indigente. A família só tomou conhecimento de sua morte em 1973 quando a sua irmã, a jornalista Maria do Socorro que trabalhando no jornal Diário do Paraná, teve conhecimento de uma lista de mortos elaborada com denúncias da igreja católica e distribuída pela United Press.
Em 1991 familiares de Antônio tentaram recuperar seus restos mortais quando o então governador do Paraná abriu os arquivos do DOPS/PR e as informações sobre o local da sepultura foram abertas ao público. Com o auxilio do governador Requião e da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, procuraram o local exato onde o estudante fora enterrado, porém, estas buscas foram em vão, pois, a quadra onde deveria estar enterrados Antônio e pelo menos dois presos políticos da época, sofreram alterações de sepulturas, sendo exumados em 1976 e transferidos para novas sepulturas, no mesmo cemitério, sem a devida identificação.
Em 1995 a Lei Federal n° 9149/95 reconheceu como mortos pessoas desaparecidas em decorrência de atividades políticas entre o período de setembro de 1961 a agosto de 1979.
Em respeito à memória do estudante, a cidade de São Paulo denominou uma de suas vias com o nome de Rua Antonio dos Três Reis de Oliveira e em Apucarana, cidade em que Antônio Oliveira morou e estudou, a Lei Estadual n°15883/2008 concedeu o nome de um colégio local, inaugurado em janeiro de 2010, como sendo Colégio Estadual Antonio dos Três Reis de Oliveira na forma de homenagear não só o ex-estudante de Ciências Econômicas como todas as pessoas que foram oprimidas durante a Ditadura Militar.


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